terça-feira, 30 de abril de 2013

África do Sul


República da África do SulBandeira Brasão de armas 
Gentílico: sul-africano(a) austro-africano(a)
Localização da África do Sul.
Capital Cidade do Cabo(legislativa)
Pretória (executiva)
Bloemfontein(judiciária) mais populosa Johanesburgo
Língua oficial 11



Governo República presidencialista 

– Presidente Jacob Zuma - Vice-presidenteKgalema Motlanthe

– Presidente do Conselho Nacional de ProvínciasM. J. Mahlangu

– Presidente da Assembleia NacionalMax Sisulu 

– Presidente do Tribunal ConstitucionalMogoeng Mogoeng 

Independência do Reino Unido 

- União Sul-Africana 31 de Maio de 1910

- Estatuto de Westminster 11 de Dezembro de1931 

- República 31 de Maio de 1961 

Área - Total1.221.037 km² (25.º)

Fronteira Namíbia, Botsuana,Zimbábue, Moçambique,Suazilândia e Lesoto

População 

- Estimativa de 201049.991.300 hab. (25.º) 

- Censo 200144.819.778 hab. 

- Densidade41 hab./km² (170.º)

PIB (base PPC)Estimativa de 2011

- TotalUS$ 555,340 bilhões*USD[2] (25.º) 

- Per capitaUS$ 10.977[2] (76.º)

PIB (nominal)Estimativa de 2011

- TotalUS$ 422,037 bilhões*USD[2] (29.º) 

- Per capitaUS$ 8.342[2] (76.º)

MoedaRand (ZAR)

Fuso horárioTempo do Sul da África (UTC+2)

Cód. ISOZACód. Internet.zaCód. telef.+27


A África do Sul, oficialmente República da África do Sul, é um país localizado no extremo sul da África, entre os oceanos Atlântico e Índico, com 2.798 quilômetros de litoral. É uma democracia parlamentar, limitado pela Namíbia, Botsuana e Zimbábue ao norte; Moçambique e Suazilândia a leste; e com o Lesoto, um enclave totalmente rodeado pelo território sul-africano.

A África do Sul é conhecida por sua diversidade de culturas, idiomas e crenças religiosas. Onze línguas oficiais são reconhecidas pela Constituição do país. Duas dessas línguas são de origem europeia: o africâner, uma língua que se originou principalmente a partir do holandês que é falada pela maioria dos brancos e coloured sul-africanos, e o inglês sul-africano. O Inglês é a língua mais falada na vida pública oficial e comercial, entretanto, é apenas o quinto idioma mais falado em casa.

A África do Sul é um país multiétnico, com as maiores comunidades europeias, indianas e racialmente mistas da África. Embora 70% da população sul-africana seja negra, os habitantes são de diferentes grupos étnicos que falam línguas bantas, um dos nove idiomas que têm estatuto oficial. Cerca de um quarto da população do país está desempregada e vive com menos de US$ 1,25 por dia.

A África do Sul é uma democracia constitucional, na forma de uma república parlamentar; ao contrário da maioria das repúblicas parlamentares, os cargos de chefe de Estado e chefe de governo são mesclados em um presidente dependente do parlamento. É um dos membros fundadores da União Africana e é a maior economia do continente. É também membro fundador da Organização das Nações Unidas e da NEPAD, além de ser membro do Tratado da Antártida, do Grupo dos 77, da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, da União Aduaneira da África Austral, da Organização Mundial do Comércio, do Fundo Monetário Internacional, do G20, do G8+5 e é uma das nações BRICS.

História

Pré-história

Os seres humanos modernos habitam a África Austral há mais de 100.000 anos. Na época do contato com os Europeus, os povos indígenas dominantes eram tribos que migraram de outras partes da África há cerca de mil anos antes da colonização europeia. Entre os séculos IV e V, tribos falantes do Bantu vieram para o sul, onde deslocaram, conquistaram e assimilaram os povos originários da África Austral. Na época da colonização europeia, os dois maiores grupos eram os povos Zulu e Xhosa.

Colonização e Guerra dos Boers

Em 1652, um século e meio após a descoberta da Rota Marítima do Cabo, a Companhia Holandesa das Índias Orientais fundou uma estação de abastecimento que mais tarde viria ser a Cidade do Cabo. A Cidade do Cabo tornou-se uma colônia britânica em 1806. A colonização européia expandiu-se na década de 1820 com os Bôeres (colonos de origem Holandesa, Flamenga, Francesa e Alemã) enquanto os colonos Britânicos se assentaram no norte e no leste do país. Nesse período, conflitos surgiram entre os grupos Xhosa, Zulu e Afrikaners que competiam por território.

Mais tarde, a descoberta de minas de diamante e de ouro desencadeou um conflito do século XIX conhecido como Segunda Guerra dos Bôeres, quando os Bôeres e os Britânicos lutaram pelo controle da riqueza mineral do país. Mesmo vencendo os Bôeres, os Britânicos deram independência limitada à África do Sul em 1910, como um domínio britânico. Durante os anos de colonização Holandesa e Britânica, a segregação racial era essencialmente informal, apesar de algumas leis terem sido promulgadas para controlar o estabelecimento e a livre circulação de pessoas nativas.

Apartheid

Nas repúblicas Bôeres, já a partir do Tratado de Pretória (Capítulo XXVI), os subsequentes governos sul-africanos tornaram o sistema de segregação racial legalmente institucionalizado, o que mais tarde ficou conhecido como apartheid. O governo então estabeleceu três categorias de estratificação racial: brancos, colorados e negros, com direitos e restrições específicos para cada categoria.

A África do Sul abandonou a Commonwealth em 1961, na sequência de um referendo (onde, obviamente, só pôde participar a comunidade branca) que ditou a proclamação da república. Apesar da oposição dentro e fora do país, o governo manteve o regime do apartheid. No início do século XX alguns países e instituições ocidentais começaram a boicotar os negócios com o país por causa das suas políticas de opressão racial e de direitos civis. Após anos de protestos internos, ativismo e revolta de sul-africanos negros e de seus aliados, finalmente, em 1990, o governo sul-africano iniciou negociações que levaram ao desmantelamento das leis de discriminação e às eleições democráticas de 1994. O país então aderiu à Comunidade das Nações.

"For use by white persons" (em português: "Para uso de pessoas brancas") – placa da era do apartheid.

Em 1983, é adotada uma nova constituição que garante uma política de direitos limitados às minorias asiáticas, mas continua a excluir os negros do exercício dos direitos políticos e civis. A maioria negra, portanto, não tinha direito de voto nem representação parlamentar. O partido branco dominante, durante a era do apartheid, é o Partido Nacional, enquanto a principal organização política negra era o Congresso Nacional Africano (ANC), que durante quase 50 anos foi considerado ilegal.

Mais tarde, em 1990, sob a liderança do presidente F. W. de Klerk, o governo sul-africano começa a desmantelar o sistema do apartheid, libertando Nelson Mandela, líder do ANC, e aceitando legalizar esta organização, bem como outras antiapartheid.

Os passos seguintes no sentido da união nacional são dados em 1991. A abertura das negociações entre os representantes de todas as comunidades, com o objetivo de elaborar uma Constituição democrática, marca o fim de uma época perturbada na África do Sul que iniciou-se em 1948 e teve seu fim em 1990, 42 anos, época esta chamada de Apartheid, que numa tradução para o português seria "segregação racial"

No dia 10 de abril de 1993, um dos principais líderes do movimento negro da África do Sul, Chris Hani, tombou vítima de dois tiros, diante da própria residência. O que seus assassinos não previram é que essa morte acabaria por acelerar o fim do apartheid.

Em 1993, o governo e a oposição negra acordam nos mecanismos que garantam a transição para um sistema político não discriminatório. É criado um comité executivo intermediário, com maioria negra, para supervisionar as primeiras eleições multipartidárias e multirraciais, e é criado, também, um organismo que fica encarregado de elaborar uma Constituição que garanta o fim do Apartheid.

Pós-apartheid

Em Abril de 1994 fazem-se eleições multirraciais para o novo Parlamento. O ANC ganha as eleições e Nelson Mandela, formando um Governo de unidade nacional, torna-se o primeiro presidente sul-africano negro. Em 2004, ano em que Thabo Mbeki completou cinco anos como sucessor de Nelson Mandela, o presidente da república da África do Sul prometeu acabar com toda a violência de carácter político que ainda possa existir no país. Mbeki demitiu-se do cargo em 20 de Setembro de 2008 após pressões do seu próprio partido sob acusação de interferência no poder judicial. Dois dias depois o ANC apontou Kgalema Motlanthe para chefe-de-estado.

Em Abril de 2010 foi assassinado o líder de extrema-direita Eugène Ney Terre'Blanche, que defendia a supremacia branca no país. O acontecimento marca o aumento da violência e da tensão racial no país. Terreblanche foi encontrado morto na sua casa, no nordeste do país, com ferimentos na cabeça. O assassinato foi atribuído a dois dos seus empregados.

Clima

A África do Sul tem, em geral, um clima temperado, em parte por estar rodeada pelos oceanos Atlântico e Índico em três lados, pela sua localização climaticamente mais leve no hemisfério sul e devido à altitude média, que sobe de forma constante em direção ao norte (em direção ao equador) e mais para o interior. Devido a esta topografia variada e pela influência oceânica, o país tem uma grande variedade de zonas climáticas.

As montanhas Drakensberg, a mais alta cadeia de montanhas da África do Sul.

As zonas climáticas variam, desde o deserto do Namibe no noroeste ao clima subtropical no leste, ao longo da fronteira com Moçambique e com o Oceano Índico. Do leste, a terra sobe rapidamente sobre uma escarpa de montanha em direção ao planalto interior conhecida como Highveld. Embora a África do Sul seja classificada como semiárida, há uma variação considerável no clima, bem como na topografia.

O extremo sudoeste tem um clima muito semelhante ao do Mediterrâneo, com invernos chuvosos e verões quentes e secos, que acolhe o famoso bioma Fynbos de pastagem e mata. Essa área também produz a maior parte do vinho na África do Sul. Esta região também é particularmente conhecida por seu vento, que sopra intermitente por quase todo o ano. A força deste vento torna o Cabo da Boa Esperança especialmente traiçoeiro para os marinheiros, causando muitos naufrágios. Mais a leste, na costa sul, a precipitação é distribuída mais uniformemente ao longo do ano, produzindo uma paisagem verde. Esta área é conhecida popularmente como a Garden Route.

A província de Estado Livre é particularmente plana devido ao fato de estar centralizada no planalto. No norte do rio Vaal, o Highveld torna-se melhor regado e não experimenta extremos de calor subtropical. Joanesburgo, no centro do Highveld, está em 1.740 metros e recebe uma precipitação anual de 760 milímetros. Os invernos nesta região são frios, embora a neve seja rara.

As altas montanhas Drakensberg, que formam a escarpa sudeste do Highveld, oferecem oportunidades limitadas de esqui no inverno. O lugar mais frio na África do Sul é Sutherland, no oeste das montanhas Roggeveld, onde as temperaturas de inverno podem alcançar -15 °C. O interior profundo tem a temperaturas mais elevadas: a temperatura de 51,7 °C foi registrada em 1948 no Cabo do Norte Kalahari perto de Upington.

Demografia

África do Sul é uma nação de cerca de 50 milhões de pessoas de diversas origens, culturas, línguas e religiões. O último censo foi realizado em 2011 e o próximo será em 2021. O Statistics South Africa classifica a população em cinco categorias raciais pelas quais as pessoas podem se classificar. No meio do ano 2009 os valores estimados para essas categorias foram negros com 79,3%, brancos com 9,1%, coloured (mestiços) com 9,0%, e indianos e asiáticos com 2,6% da população.

Mesmo com o crescimento populacional da África do Sul na última década (principalmente devido à imigração), o país tinha uma taxa de crescimento populacional anual de -0,501% em 2008 (est. CIA), incluindo a imigração. A CIA estima que a população em 2009 na África do Sul tenha começado a crescer novamente, a uma taxa de 0,281%.A África do Sul é o lar de cerca de 5 milhões de imigrantes ilegais, incluindo cerca de 3 milhões de zimbabuanos. Uma série de motins anti-imigrantes ocorreu na África do Sul em 11 de maio de 2008.

Grupos étnicos

De longe, a parte maior da população se auto classifica como Africano ou negro, mas esse grupo não é culturalmente ou linguisticamente homogêneo. Os principais grupos étnicos incluem os Zulus, Xhosas, Basothos (Sotho do Sul), Bapedis (Sotho do Norte), Vendas, Tswanas, Tsongas, Ndebeles e Swazis, que falam línguas bantu.

Alguns grupos como os Zulus, Xhosas, Bapedis e Vendas são exclusivos da África do Sul. Outros grupos são distribuídos através das fronteiras com os países vizinhos da África do Sul: o grupo Basotho também é o principal grupo étnico no Lesoto. O grupo étnico Tswana constitui a maioria da população de Botswana. O grupo étnico Swazi é o principal grupo étnico da Suazilândia. O grupo étnico Ndebele também é encontrado em Matabeleland no Zimbabué, onde eles são conhecidos como Matabele. Estes povos Ndebele são descendentes de uma facção Zulu sob o guerreiro Mzilikazi que escaparam da perseguição de Shaka, migrando para o seu território atual. O grupo étnico Tsonga também é encontrado no sul de Moçambique, onde eles são conhecidos como Shangaan.

A população branca não é etnicamente homogênea e descende de muitos grupos étnicos: holandeses, flamengos, portugueses, noruegueses, alemães, gregos, franceses huguenote, ingleses, polacos, irlandeses, italianos, escoceses e galeses. Há também uma substancial (embora reduzida) população judaica, a maioria dos quais vieram da Lituânia, na virada do século XX, embora outros vieram depois e, posteriormente, do Reino Unido, da ex-União Soviética e de Israel. Cultural e linguisticamente os brancos são divididos em africânderes, que falam africâner, e grupos que falam inglês; em ambos os casos, trata-se de descendentes de emigrantes provenientes de vários países. Algumas comunidades pequenas que imigraram no século passado conservam a utilização de outros idiomas; um exemplo é a comunidade portuguesa. A população branca está diminuindo devido a uma baixa taxa de natalidade e pela emigração, como um fator em sua decisão de emigrar, muitos citam a elevada taxa de criminalidade e as políticas de "ação afirmativa" do governo que favorece a população negra. Desde 1994, cerca de 1.000.000 de brancos sul-africanos emigraram permanentemente do país

Muitos dos brancos da África do Sul possuem significativa ancestralidade não europeia, por menor que esse grau possa ser em alguns indivíduos. De acordo com um estudo genealógico, por volta de 6% da ancestralidade dos descendentes dos colonos holandeses é de origem não europeia, aí incluídos aportes asiáticos e africanos. Muitas famílias tradicionais e antigas são descendentes, por exemplo, de Eva Krotoa, uma Khoisan que teve filhos com um colono holandês, e cujos filhos se integraram à comunidade colonial estabelecida pelos Países Baixos. Dentre os descendentes de Eva Krotoa, encontram-se muitos líderes famosos, tais como: o presidente do Transvaal Paul Kruger, o primeiro ministro da África do Sul Jan Smuts e o presidente da África do Sul F. W. de Klerk. Outras são descendentes de Manoel de Angola, um escravo liberto que se tornou proprietário e senhor de outros escravos. E por aí vai.

Apesar dos níveis elevados da emigração, um elevado número de imigrantes brancos não-Sul Africanos se instalaram no país, em especial de países como Reino Unido e Zimbábue. Por exemplo, em 2005, havia cerca de 212.000 cidadãos britânicos residentes na África do Sul. Desde 2003, o número de imigrantes britânicos que vêm para a África do Sul aumentou 50%. Estima-se 20.000 imigrantes britânicos mudaram-se para a África do Sul em 2007. Houve também um número significativo de branco chegado do Zimbabué, que fogem do seu país de origem à luz dos problemas econômicos e políticos que o país enfrenta atualmente. Bem como os recém-chegados, um número significativo de zimbabueanos brancos emigrou para a África do Sul, na sequência da independência do Zimbábue em 1980. Alguns dos membros mais antigos da comunidade são conhecidos na cultura popular como "Whenwes", por causa de sua nostalgia por suas vidas na Rodésia, "quando estávamos na Rodésia...".

Não houve outras ondas de imigração branca para África do Sul nas últimas décadas. Na década de 1970, muitos moradores das antigas colônias portuguesas na África, como Angola e Moçambique, vieram morar na África do Sul após a independência destes territórios. Além disso, o governo do apartheid incentivou a imigração do Leste Europeu nos anos 1980 e início dos anos 1990, particularmente da Polônia e da Hungria.

O termo "coloured" é usado ainda para as pessoas de origem mista, de negros e brancos, como uma mistura de javaneses, malaios, indianos, outros asiáticos e malgaxes . A maioria fala africâner. Khoisan é um termo usado para descrever dois grupos separados, fisicamente semelhantes: pele relativamente clara e pequena estatura. Os Khoikhoi, que foram chamados hotentotes pelos europeus, eram pastores e foram reduzidos a grupos residuais, os San, chamados bosquímanos pelos europeus, eram (e são em boa parte) caçador-coletores. Dentro da comunidade coloradas, entre os imigrantes mais recentes também são encontrados mestiços da antiga Rodésia (atual Zimbábue), Namíbia e imigrantes de ascendência mista da Índia e da Birmânia (Anglo-Indianos/Anglo-Burmeses), que foram acolhidos da Província do Cabo, quando a Índia e a Birmânia conquistaram sua independência.

A maior parte da população asiática sul-africana é de origem indiana, muitos deles descendentes de trabalhadores contratados trazidos no século XIX para trabalhar nas plantações de açúcar da zona costeira oriental então conhecida como Natal. Graves distúrbios em Durban entre indianos e Zulus eclodiu em 1949, Há também um grupo significativo de sul-africanos chineses (cerca de 100 mil indivíduos) e do Vietnam (cerca de 50.000 indivíduos). Em 2008, o Supremo Tribunal de Pretória determinou que os chineses sul-africanos que chegaram antes de 1994 deviam ser reclassificados como mestiços. Como resultado desta decisão, cerca de 12.000-15.000os cidadãos etnicamente chineses que chegaram antes de 1994, totalizando 3%-5% do total da população chinesa no país.

África do Sul abriga uma considerável população de refugiados e requerentes de asilo. Segundo a World Refugee Survey 2008, publicado pelo Comitê estadunidense para Refugiados e Imigrantes, esta população era de aproximadamente 144.700 pessoas em 2007. Grupos de refugiados e requerentes de asilo que somam mais de 10.000 pessoas incluídas do Zimbábue (48.400), República Democrática do Congo (24.800) e Somália (12.900). Estas populações viviam principalmente em Joanesburgo, Pretória, Durban, Cidade do Cabo e Port Elizabeth.

Religião

De acordo com o censo nacional de 2001, os cristãos representavam 79,7% da população do país. Isso inclui Cristãos Zion (11,1%), Pentecostais (Carismáticos) (8,2%), Católicos Romanos (7,1%), Metodistas (6,8%), Holandeses Reformados (6,7%), Anglicanos (3,8%); membros de outras igrejas cristãs representavam outros 36% da população. Os Muçulmanos representam 1,5% da população, Hindus cerca de 1,3%, e Judeus 0,2%. 15,1% não tinha qualquer filiação religiosa, 2,3% tinha outra religião e 1,4% não estavam especificados.

Igrejas Indígenas Africanas eram os maiores entre os grupos cristãos. Acredita-se que muitas das pessoas que alegaram ter nenhuma afiliação com qualquer religião organizada, respeitam as religiões tradicionais indígenas. Muitos povos têm práticas religiosas sincréticas, combinando influências cristãs e indígenas.

Religião na África do Sul

Não há nenhuma evidência de que o Islã tenha tido contato com os povos Zulu, Swazi ou Xhosa da costa leste, antes da era colonial. Muitos sul-africanos muçulmanos são descritos como mestiços, nomeadamente na província de Cabo Ocidental, especialmente aqueles cujos ancestrais vieram como escravos do arquipélago indonésio (os malaios do Cabo). Outros são descritos como indianos, nomeadamente em KwaZulu-Natal, incluindo aqueles cujos antepassados vieram como comerciantes do sul da Ásia; eles têm sido acompanhados por outros povos de outras partes da África, assim como brancos ou negros naturalizados sul-africanos. Sul-africanos muçulmanos afirmam que sua fé é a religião que mais cresce em conversão no país.

A população hindu foi primeiramente estabelecida durante o período colonial britânico, mas depois as ondas de imigração da Índia, também têm contribuíram para o aumento dessa população. A maioria dos Hindus são etnicamente do Sul da Ásia.

Outras religiões minoritárias na África do Sul são sikhismo, o jainismo e a Fé Bahá'í.

Línguas

A África do Sul tem onze línguas oficiais: Africâner, Inglês, Ndebele, SeSotho do norte, SeSotho do sul, Swazi, Tswana, Tsonga, Venda, Xhosa e Zulu. Em número de línguas oficias, o país é o terceiro, apenas atrás da Bolívia e da Índia. Apesar de todas as línguas serem formalmente iguais, algumas línguas são faladas mais do que outras. De acordo com o Censo Nacional de 2001, as três línguas mais faladas em casa são o Zulu (23,8%), o Xhosa (17,6%) e o Africâner (13.3%). Não obstante o fato de que o Inglês é reconhecido como a língua do comércio e da ciência, sendo falada em casa por apenas 8,2% dos sul-africanos em 2001, uma percentagem ainda menor do que em 1996 (8,6%).

O país também reconhece oito outros idiomas não-oficiais: Fanagalo, Khwe, Lobedu, Nama, Ndebele do Norte, Phuthi, San e a Língua de Sinais Sul-Africana. Estas línguas não-oficiais podem ser utilizadas em determinadas utilizações oficiais em áreas limitadas, onde foi determinado que essas línguas são predominantes. No entanto, suas populações não são significadamente grandes para exigir o reconhecimento nacional.

Muitas das línguas "não oficiais" dos povos San e Khoikhoi possuem dialetos regionais que se estendem em direção ao norte da Namíbia e de Botswana, além de outros lugares. Esses povos, que são uma população fisicamente distinta de outros africanos, tem sua própria identidade cultural com base em suas sociedades de caçadores-coletores. Eles têm sido marginalizados, em grande medida, e muitas das suas línguas estão em perigo de extinção.

Muitos sul-africanos brancos também falam outras línguas europeias, tais como Português (falado também por angolanos e moçambicanos negros), Alemão e grego, embora alguns asiáticos e indianos na África do Sul falam línguas asiáticas, como o Tamil, Hindi, Guzerate, Urdu e Telugu. O Francês é ainda falada pelos franceses sul-africanos, especialmente em lugares como a Franschhoek, onde existem muitos sul-africanos de origem francesa. O Francês Sul-Africano é falado por menos de 10.000 pessoas. O Francês Congolês também é falado na África do Sul por imigrantes.

Problemas sociais

Segundo uma pesquisa para o período 1998-2000 elaborada pela Organização das Nações Unidas, a África do Sul foi classificada em segundo lugar em assassinatos e em primeiro para assaltos e estupros per capita. As estatísticas oficiais mostram que 52 pessoas são assassinadas todos os dias na África do Sul. O número relatado de estupros por ano é de 55.000 e estima-se que 500 mil estupros são cometidos anualmente no país. O total de crimes per capita é o 10º entre os 60 países no conjunto de dados.

O estupro é um problema comum na África do Sul, em uma pesquisa de 2009 um em cada quatro homens sul-africanos admitiram ter estuprado alguém. Um em cada três das 4.000 mulheres inquiridas pela Comunidade da Informação, Capacitação e Transparência disse que tinha sido violada no ano passado. A África do Sul tem uma das maiores incidências de estupros de crianças e bebês no mundo. Em um levantamento realizado entre 1.500 crianças escolares no township de Soweto, uns quartos de todos os meninos entrevistados disseram que "jackrolling", um termo para estupro em grupo, era algo divertido.

A classe média do país busca segurança em condomínios fechados. Muitos emigrantes da África do Sul também afirmam que o crime foi um grande motivador para eles saírem do país. O crime contra a comunidade agrícola continua a ser um grande problema. Outro problema enfrentado pelo país é a forte desigualdade social e econômica; as cidades sul-africanas Buffalo City, Johannesburgo e Ekurhuleni foram apontadas como as mais desiguais do mundo, segundo relatório da ONU divulgado em 2010.

Junto com muitos países Africanos, a África do Sul vem experimentando uma "fuga de cérebros" nos últimos 20 anos. Isso acreditado como potencialmente prejudicial para a economia regional, e é quase certamente prejudicial para o bem-estar da maioria das pessoas que dependem da infra-estrutura de saúde, tendo em conta a epidemia de HIV/AIDS. A fuga de cérebros na África do Sul tende a demonstrar contornos raciais (naturalmente, dado o legado de distribuição de competências da África do Sul) e tem, portanto, resultado em grandes comunidades de brancos sul-africanos no exterior.

Economia

A Cidade do Cabo tornou-se um importante centro de varejo e turismo para o país, atraindo o maior número de visitantes estrangeiros na África do Sul. Na foto, a Montanha da Mesa.

Pela classificação da ONU a África do Sul é um país de renda média, com uma oferta abundante de recursos, com bem desenvolvidos setores financeiro, jurídico, de comunicações, energia e transportes, uma bolsa de valores que está entre as vinte melhores do mundo, e uma moderna infraestrutura de apoio a uma distribuição eficiente das mercadorias a grandes centros urbanos em toda a região. A África do Sul ocupa 32ª posição no mundo em termos de PIB (PPC), de acordo com dados de 2009. A sua integração na economia é muito forte e constitui uma base essencial para o seu desenvolvimento.

O desenvolvimento avançado do país está, no entanto concentrado em torno de quatro áreas: Cidade do Cabo, Port Elizabeth, Durban e Pretória/Johannesburg. Fora destes quatro centros econômicos, o desenvolvimento é limitado e a pobreza ainda é prevalente, apesar dos esforços do governo. Por conseguinte, a grande maioria de sul-africanos são pobres. No entanto, os principais zonas marginais têm experimentado um crescimento rápido nos últimos tempos. Essas áreas incluem Mossel Bay para Plettenberg Bay; área de Rustenburg, área de Nelspruit, Bloemfontein, Cape West Coast e o Litoral Norte de KwaZulu-Natal.

O desemprego é extremamente elevado e a desigualdade de renda é aproximadamente igual à do Brasil - residindo uma das razões mais salientes no facto de boa parte das empresas importantes serem capital-intensivas, não trabalho intensivas. Durante o período de 1995-2003, o número de empregos formais diminuiu e o emprego informal aumentou, o desemprego global se agravou, O rendimento médio domiciliar sul-africano diminuiu consideravelmente entre 1995 e 2000. Quanto à desigualdade racial, o Statistics South Africa informou que, em 1995, o agregado familiar médio branco ganhou quatro vezes mais do que uma família média negra. Em 2000, a família média branca ganhou seis vezes mais do que o agregado familiar médio negro. As políticas de ação afirmativa, chamadas de Black Economic Empowerment, têm estimulado um aumento na riqueza econômica dos negros e o nascimento de uma emergente classe média negra. Outros problemas são a criminalidade, a corrupção e a epidemia de HIV/AIDS. A África do Sul sofre com carga relativamente pesada regulação global, comparada aos países desenvolvidos. A propriedade e a interferência estatal impõem barreiras à entrada em muitas áreas. Regulamentações trabalhistas restritivas têm contribuído para o mal-estar do desempregado.

Joanesburgo, a cidade mais rica do país, produz 33% do PIB da África do Sul e 10% do PIB do continente Africano.

O governo de 1994 herdou uma economia minada por longos anos de conflito interno e por sanções externas. O governo absteve-se de recorrer ao populismo econômico. A inflação foi derrubada, as finanças públicas estavam estabilizados e alguns capitais estrangeiros foram atraídos. No entanto, o crescimento foi ainda baixo. No início de 2000, o então Presidente Thabo Mbeki prometeu promover o crescimento econômico e o investimento estrangeiro através do relaxamento de leis trabalhistas restritivas, acelerando o ritmo de privatização e o corte de gastos governamentais desnecessários. Suas políticas enfrentam forte oposição dos sindicatos. De 2004 em diante o crescimento econômico aumentou significativamente, assim como a formação de emprego e aumento de capital.

África do Sul é o maior produtor e consumidor de energia no continente africano. A África do Sul é um destino turístico popular, e uma quantidade substancial de receita vem do turismo. Entre as principais atrações são a cultura variada e pitoresca, a reservas de caça e os vinhos locais.

A Bolsa de Valores de Joanesburgo é a maior bolsa de valores do continente africano.

A Rand Sul-Africano (ZAR), é a moeda emergente mais ativamente negociada no mundo. Ele se juntou a um clube de elite das moedas de quinze anos, o Continuous linked settlement (CLS), onde transações de câmbio são liquidadas imediatamente, diminuindo os riscos de transações através de fusos horários. O rand era a moeda com melhor desempenho contra o dólar dos Estados Unidos (USD) entre 2002 e 2005, segundo a Bloomberg Moeda Scorecard.

A volatilidade do rand tem afetado a atividade econômica, a queda acentuada em 2001 e o atingimento de um mínimo histórico de 13,85 ZAR ao dólar, provocou temores de inflação e fez com que o Banco Central a aumentar as taxas de juros. O rand desde então tem se recuperado, negociado a 7,77 ZAR ao dólar em de fevereiro de 2010. No entanto, como os exportadores estão sob pressão considerável a partir de uma forte moeda nacional, muitos pedem a intervenção do governo para ajudar a suavizar o rand.

Refugiados de países pobres vizinhos incluem muitos imigrantes provenientes da República Democrática do Congo, Moçambique, Zimbabwe, Malawi e outros, que representam uma grande parcela do setor informal. Com elevados níveis de desemprego entre os pobres sul-africanos, a xenofobia é prevalente e muitas pessoas nascidas na África do Sul se sentem ressentidos com os imigrantes que são vistos como pessoas que privam a população nativa de postos de trabalho, um sentimento que tem tido credibilidade pelo fato de que muitos empregadores Sul Africano têm empregado os migrantes de outros países para salários mais baixos do que os cidadãos sul-africanos, especialmente na construção civil, turismo, agricultura e indústrias de serviços domésticos. Os imigrantes ilegais são também fortemente envolvidos no comércio informal. No entanto, muitos imigrantes na África do Sul continuam a viver em condições precárias e a política de imigração do sul-africana tornou-se cada vez mais restritivas desde 1994.

Os principais parceiros comerciais internacionais da África do Sul, além de outros países africanos, incluem a Alemanha, os Estados Unidos, a China, o Japão, o Reino Unido e a Espanha. As principais exportações do país incluem o milho, diamantes, frutas, ouro, açúcar, metais, minerais, e lã. Máquinas e equipamentos de transporte constituem mais de um terço do valor das importações do país. Outras importações incluem produtos químicos, produtos manufaturados e petróleo. Recentemente a África do Sul foi incluída no grupo de países emergentes com economias promissoras, os BRICS.

Infraestrutura

Educação

A Educação na África do Sul é a segunda melhor do continente africano, perdendo apenas para Cabo Verde. Na época do apartheid, os estudantes de todos os grupos étnicos da África do Sul iam com frequência a escolas próprias para cada etnia. Fora isso, os menores caucasianos de 18 anos que falavam inglês e africânder, apesar de serem obrigados a estudar as duas línguas, iam com frequência a instituições de ensino adequadas a cada etnia. Considerando cada menor de 18 anos, o governo pagava muito mais caro com a educação dos caucasianos do que a dos não-caucasianos.

Entre os sete e os 16 anos, o ensino era obrigatório para os menores caucasianos de 18 anos. Cerca de 90% deles iam diariamente a escolas da rede pública de ensino. O resto ia para escolas da rede particular controladas pelo Estado. Mais de 55% terminavam o ensino médio.

Os menores mestiços ou asiáticos de 18 anos eram obrigados a se dirigirem à escola, entre os sete aos 14 anos, desde que habitassem áreas que dispusessem desta facilidade. Em diversas dessas regiões não existiam escolas e salas de aula para os mestiços e os asiáticos. Aproximadamente 99% desses menores de 18 anos ia para educandários religiosos controlados pelo Estado. Mais de 10% dos menores mestiços de 18 anos e 25% dos indianos alcançavam o ensino médio. Até 1981 a legislação não obrigava que os menores africanos de 18 anos fossem com frequência a instituições de ensino. Desde então, os conselhos locais podiam requerer que o governo nacional solicitasse o comparecimento dos menores de sua área, de 6 a 15 anos, para instituições de ensino, 20% dos menores africanos iam a instituições de ensino.

As principais universidades da África do Sul são: a Universidade do Cabo Ocidental (Cidade do Cabo), a Universidade da Cidade do Cabo (Cidade do Cabo), a Universidade do Estado Livre (Bloemfontein), a Universidade de Fort Hare (Alice), a Universidade do KwaZulu-Natal (Durban, Pietermaritzburg, Pinetown, Westville), a Universidade do Limpopo (Polokwane, Ga-Rankuwa), a Universidade do Noroeste (Mafikeng, Mankwe, Potchefstroom, Vanderbijlpark), a Universidade de Pretória (Pretória), a Universidade Rhodes (Grahamstown), a Universidade de Stellenbosch (Stellenbosch) e a Universidade do Witwatersrand (Joanesburgo).

Saúde

A expansão da SIDA (síndrome da imunodeficiência adquirida, AIDS no Brasil) é um problema alarmante no país, chegando a atingir 31% das mulheres grávidas em 2005 e uma taxa de infecção nos adultos estimada em 20%.[87] A ligação entre HIV, um vírus transmitido principalmente por contato sexual, e SIDA foi negado há muito tempo pelo presidente Thabo Mbeki e pelo ministro da saúde Manto Tshabalala-Msimang, que insiste que as muitas mortes no país são causadas por má nutrição, e muita pobreza, e não pelo HIV.[88] Em 2007, em resposta a pressões internacionais, o governo fez esforços para combater a SIDA. Em setembro de 2008 Thabo Moeki foi expulso pelo Congresso Nacional Africano e Kgalema Motlanthe foi apontado para o interim. Uma das primeiras ações de Motlanthe foi substituir Tshabalala-Msimang pelo atual ministro da saúde, Barbara Hogan.

A SIDA afeta principalmente aqueles que são sexualmente ativos e é muito mais presente na população negra. A maioria das mortes são de pessoas economicamente ativas, resultando em muitas famílias perdendo sua principal fonte de renda. Isso tem resultado em muitos órfãos pela SIDA que em muitos casos dependem do estado para suporte financeiro e médico. É estimado que há 1,2 milhões de órfãos na África do Sul.Muitas pessoas mais velhas também perdem o apoio dos membros mais jovens da família. Cerca de 5 milhões de pessoas estão infectadas pela doença.

A África do Sul, mesmo com muitos problemas envolvendo a saúde pública, abriga o maior hospital do mundo, o Hospital Chris Hani Baragwanath, com 173 hectares de área, 3.200 camas e 6.760 funcionários. Esse hospital fica na área de Soweto, Joanesburgo.

Cultura

Não existe uma única cultura sul-africana, devido à diversidade étnica do país, e cada grupo racial tem a sua própria identidade cultural. Isto pode ser apreciado nas diferenças na alimentação, na música e na dança entre os vários grupos. Há, no entanto, alguns traços unificadores.

Culinária

A culinária sul-africana é fortemente baseada em carne e gerou a reunião social tipicamente sul-africana chamada braai. A África do Sul também se tornou um grande produtor de vinho, possuindo algumas das melhores vinhas do mundo nos vales em torno de Stellenbosch, Franschoek e Paarl.

Música

Existe uma grande diversidade na música da África do Sul. Muitos músicos negros que cantavam em africâner ou inglês durante o apartheid passaram a cantar em línguas africanas tradicionais, e desenvolveram um estilo único chamado kwaito. Digna de nota é Brenda Fassie, que alcançou fama graças à sua canção "Weekend Special", cantada em inglês. Músicos tradicionais famosos são os Ladysmith Black Mambazo, e o Quarteto de Cordas do Soweto executa música clássica com sabor africano. Os cantores sul-africanos brancos e mestiços tendem a evitar temas musicais tradicionais africanos, preferindo estilos mais europeus. Existe um bom mercado para música africâner, que cobre todos os géneros da música ocidental.

Esporte

O Rugby é o esporte nacional da Áfica do Sul, sua seleção venceu a Copa do Mundo de Rugby em duas ocasiões, em 1995 e 2007 sendo que a de 1995 foi sediada na África do Sul. Também se destaca a participação da Africa do Sul na F1 onde o destaque ficou com o piloto Jody Scheckter, campeão da categoria pela Ferrari em 1979. Também sediou corridas da categoria no autodromo de Kyalami durante os anos 50, 60 e 70, e em 1992 e 1993. Outros esportes muito praticados são o Críquete, Futebol, Atletismo 1Natação. Também sediaram a Copa do Mundo de Futebol de 2010

Feriados

Dia Nome em português Nome local Notas

1 de Janeiro Dia de Ano Novo New Year’s Day 

21 de Março Dia dos Direitos Humanos Human Rights Day

Festa móvel Sexta-Feira Santa Good Friday

Festa móvel Segunda-feira de Páscoa Easter Monday

27 de Abril Dia da Liberdade Freedom Day Comemora as primeiras eleições livres pós-Apartheid.

1 de Maio Dia do Trabalhador Worker’s Day

16 de Junho Dia da Juventude Youth Day Comemora os distúrbios de Soweto

9 de Agosto Dia Nacional da Mulher National women’s day

24 de Setembro Dia da Herança Heritage Day Dia em que os sul-africanos comemoram a diversidade do país

16 de Dezembro Dia da Reconciliação Day of Reconciliation

25 de Dezembro Natal Christmas Day

26 de Dezembro Dia da Boa-Vontade Day of Goodwill

Historia do Egito

Egito

República Árabe do Egito 

Bandeira Brasão de armas 

Capital Cairo

26°2'N 29°13°E 

Cidade mais populosa Cairo 

Língua oficial árabe 

Formação 

- Primeira dinastia c. 3150 a.C. 

- Independência doReino Unido 28 de Fevereiro de 1922 

- Declaração da República 18 de Junho de 1953 

Área 

- Total 1 002 450 km² (30.º) 

- Água (%) 0,632 

Fronteira Líbia, Sudão, Israel ePalestina (Faixa de Gaza) 

População 

- Estimativa de Julho de 2008 81 713 517 hab. (14.º) 

- Censo 2001 hab. 

- Densidade 74 hab./km² (120.º) 

PIB (base PPC) Estimativa de 2007 

- Total US$ 403 961 milhões (27.º) 

- Per capita US$ 5 491 (97.º) 

Moeda Libra egípcia (EGP) 

Fuso horário EET (UTC+2) 

- Verão (DST) EEST (UTC+3) 

Org. internacionais ONU 

Cód. ISO EGY 

Cód. Internet .eg 

Cód. telef. +20 

O Egito (AO 1945: Egipto) (em egípcio: Kemet; em copta , transl. Kīmi; em em árabe: مصر, transl. ‎Miṣr, nome oficial: República Árabe do Egito transl. Jumhuriyah Misr al-'Arabiyah) é um país do norte da África que inclui também a península do Sinai, na Ásia, o que o torna um estado transcontinental.

Com uma área de cerca de 1 001 450 km², o Egito limita a oeste com a Líbia, a sul com o Sudão e a leste com a Faixa de Gaza e Israel. O litoral norte é banhado pelo mar Mediterrâneo e o litoral oriental pelo mar Vermelho. A península do Sinai é banhada pelos golfos de Suez e de Acaba. A sua capital é a cidade do Cairo. Os gentílicos para o país são "egípcio", "egipciano" e "egipcíaco", embora as últimas formas raramente sejam usadas.

O Egito é um dos países mais populosos de África. A grande maioria da população, estimada em 81.121,07 milhões de habitantes (2010), vive nas margens do rio Nilo, praticamente a única área não desértica do país, com cerca de 40 000 kmª; O da Líbia, a oeste, o Arábico ou Oriental, a leste, ambos parte do Saara, e o do Sinai, têm muito pouca população. Cerca de metade da população egípcia vive nos centros urbanos, em especial no Cairo, em Alexandria e nas outras grandes cidades do Delta do Nilo, de maior densidade demográfica.


O país é conhecido pela sua antiga civilização e por alguns dos monumentos mais famosos do mundo, como as pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge. A sul, a cidade de Luxor abriga diversos sítios antigos, como o templo de Karnak e o vale dos Reis. O Egito é reconhecido como um país política e culturalmente importante do Médio Oriente e do Norte de África.

Pré-história

Os vestígios de ocupação humana no vale do Nilo desde o paleolítico assumem a forma de artefatos e petróglifos em formações rochosas ao longo do rio e nos oásis. No décimo milénio a.C., uma cultura de caçadores-recoletores e de pescadores substituiu outra, de moagem de grãos. Em torno de 8 000 a.C., mudanças climáticas ou o abuso de pastagens começou a ressequir as terras pastoris do Egito, de modo a formar o Saara. Povos tribais migraram para o Vale do Nilo, onde desenvolveram uma economia agrícola sedentária e uma sociedade mais centralizada.

Por volta de 6 000 a.C., a agricultura organizada e a construção de grandes edifícios havia surgido no Vale do Nilo. Durante o neolítico, diversas culturas pré-dinásticas desenvolveram-se de maneira independente no Alto e no Baixo Egito. A cultura Badariana e a sua sucessora, a Naqada, são consideradas as precursoras da civilização egípcia dinástica. O sítio mais antigo conhecido no Baixo Egito, Merimda, antecede os badarienses em cerca de setecentos anos. As comunidades do Baixo e do Alto Egito coexistiram por mais de dois mil anos, mantendo-se como culturas separadas, mas com contatos comerciais frequentes. Os primeiros exemplos de inscrições hieroglíficas egípcias apareceram no período pré-dinástico, em artefatos de cerâmica de Naqada III datados de cerca de 3 200 a.C.

Egito antigo

Cerca de 3 150 a.C., o rei Menés (ou Narmer) fundou um reino unificado e estabeleceu a primeira de uma sequência de dinastias que governaria o Egito pelos três milênios seguintes. Posteriormente, os egípcios passaram a referir-se a seu país unificado com o termo tawy, "duas terras" e, em seguida, kemet (kīmi, em copta), "terra negra". A cultura egípcia floresceu durante este longo período e manteve traços distintos na religião, arte, língua e costumes. Às duas primeiras dinastias do Egito unificado seguiram-se o período do Antigo Império (c. 2 700-2 200 a.C.), famoso pelas pirâmides, em especial a pirâmide de Djoser (III Dinastia) e as pirâmides de Gizé (IV Dinastia).

O Primeiro Período Intermédio foi uma época de distúrbios que durou cerca de 150 anos. Mas as cheias mais vigorosas do Nilo e a estabilização do governo trouxeram prosperidade ao país no Médio Império (c. 2 040 a.C.), que atingiu o zénite durante o reinado do faraó Amenemhat III. Um segundo período de desunião prenunciou a chegada da primeira dinastia estrangeira a governar o Egito, a dos hicsos. Estes invasores tomaram grande parte do Baixo Egito por volta de 1 650 a.C. e fundaram uma nova capital, em Aváris. Foram expulsos por uma força do Alto Egito chefiada por Amósis I, quem fundou a XVIII Dinastia e transferiu a capital de Mênfis para Tebas.

O Novo Império (c. 1 550-1 070 a.C.) teve início com a XVIII Dinastia e marcou a ascensão do Egito como potência internacional que, no seu auge, se expandiu para o sul até Jebel Barkal, na Núbia, e incluía partes do Levante, no leste. Alguns dos faraós mais conhecidos pertencem a este período, como Ramsés I, Ramsés II, Akhenaton e sua mulher Nefertiti, Tutankhamon e Ramsés III. A primeira expressão do monoteísmo é desta época, com o atonismo. O país foi posteriormente invadido por líbios, núbios e assírios, mas terminou por expulsá-los a todos.

Egito ptolomaico e romano

A XXX Dinastia foi a última de origem nativa a governar o país durante a era dos faraós. O último faraó nativo, Nectanebo II, foi derrotado pelos persas aqueménidas em 343 a.C.. Posteriormente, o Egito foi conquistado pelos gregos e, em seguida, pelos romanos, num total de mais de dois mil anos de controlo estrangeiro.

O cristianismo foi trazido ao Egito por São Marcos no primeiro século da era cristã. O reinado de Diocleciano marcou a transição entre os Impérios Romano e Bizantino no país, quando um grande número de cristãos foi perseguido. Naquela altura, o Novo Testamento foi traduzido para a língua egípcia. Após o Concílio de Calcedónia, em 451, uma Igreja Copta Egípcia foi firmemente estabelecida.

Egito árabe e otomano

Os bizantinos recuperaram o controlo do país após uma breve invasão persa no início do século VII, mantendo-o até 639, quando o Egito foi tomado pelos árabes muçulmanos sunitas. Os egípcios começaram então a misturar a sua nova fé com crenças e práticas locais que sobreviveram através do cristianismo copta, o que deu origem a diversas ordens sufistas que existem até hoje. Os governantes muçulmanos eram nomeados pelo Califado islâmico e mantiveram o controlo do país pelos seis séculos seguintes, inclusive durante o período em que o Egito foi a sede do Califado fatímida. Com o fim da dinastia aiúbida, a casta militar turco-circassiana dos mamelucos tomou o poder em 1250 e continuou a governar até mesmo após a conquista do Egito pelos turcos otomanos em 1517.

Dinastia de Mehmet Ali

A breve invasão francesa do Egito em 1798, chefiada por Napoleão Bonaparte, resultou num grande impacto no país e em sua cultura. Os egípcios foram expostos aos princípios da Revolução Francesa e tiveram a oportunidade de exercitar o auto-governo. À retirada francesa seguiu-se uma série de guerras civis entre os turcos otomanos, os mamelucos e mercenários albaneses, até que Mehmet Ali, de origem albanesa, tomou o controlo do país e foi nomeado vice-rei do Egito pelos otomanos em 1805. Ali promoveu uma campanha de obras públicas modernizadoras, como projetos de irrigação e reformas agrícolas, bem como uma maior industrialização do país, tarefa continuada e ampliada por seu neto e sucessor, Ismail Paxá.

A Assembleia dos Delegados foi fundada em 1866 com funções consultivas e veio a influenciar de maneira importante as decisões do governo.

Egito moderno

A abertura do canal de Suez pelo Quediva Ismail, em 1869, tornou o Egito um centro mundial de transporte e comércio, mas fez com que o país contraísse uma pesada dívida junto às potências europeias. Como resultado, o Reino Unido tomou o controlo do governo egípcio em 1882 para proteger os seus interesses financeiros, em especial os relativos ao canal.

Logo após intervir no país, o Reino Unido enviou tropas para Alexandria e para a zona do canal, aproveitando-se da fraqueza das forças armadas egípcias. Com a derrota do exército egípcio na batalha de Tel el-Kebir, as tropas britânicas alcançaram o Cairo, eliminaram o governo nacionalista e dissolveram as forças armadas do país. Tecnicamente, o Egito permaneceu como uma província otomana até 1914, quando o Reino Unido derrubou Abbas II, último quediva egípcio, e formalmente declarou o Egito um protetorado seu. Hussein Kamil, tio de Abbas, foi então nomeado sultão do Egito.


Entre 1882 e 1906, surgiu um movimento nacionalista que propunha a independência. O Incidente de Dinshaway (em que soldados britânicos abriram fogo contra um grupo de egípcios) levou a oposição egípcia a adoptar uma posição mais forte contra a ocupação do país pelo Reino Unido. Fundaram-se os primeiros partidos políticos locais. Após a Primeira Guerra Mundial, Saad Zaghlul e o Partido Wafd chefiaram o movimento nacionalista egípcio, ganhando a maioria da assembleia legislativa local. Quando os britânicos exilaram Zaghlul e seus correligionários para Malta em 8 de Março de 1919, o país levantou-se na primeira revolta de sua história moderna. As constantes rebeliões por todo o país levaram o Reino Unido a proclamar, unilateralmente, a independência do Egito, em 22 de Fevereiro de 1922.

Reino

O novo governo egípcio promulgou uma constituição em 1923, com base num sistema parlamentarista representativo. Saad Zaghlul foi eleito para o cargo de primeiro-ministro pelo voto popular, em 1924. Em 1936, foi assinado o tratado anglo-egípcio, pelo qual o Reino Unido se comprometia a defender o Egito e recebia o direito de manter tropas no canal de Suez. A continuidade da ingerência britânica no país e o aumento do envolvimento do rei do Egito na política levaram à queda da monarquia e à dissolução do parlamento, por meio de um golpe militar conhecido como a Revolução de 1952. Este "Movimento dos Oficiais Livres" forçou o Rei Faruk a abdicar em favor do seu filho Fuad.

República

A República do Egito foi proclamada em 18 de Junho de 1953, presidida pelo General Muhammad Naguib. Em 1954, Gamal Abdel Nasser — o verdadeiro arquiteto do movimento de 1952 — forçou Naguib a renunciar, colocando-o em prisão domiciliária. Nasser assumiu a presidência e declarou a total independência do Egito com relação ao Reino Unido, em 18 de Junho de 1956, com a conclusão da retirada das tropas britânicas. Em 26 de Julho daquele ano, nacionalizou o canal de Suez, deflagrando a chamada Crise do Suez.

Nasser faleceu em 1970, três anos após a Guerra dos Seis Dias, na qual Israel invadiu e ocupou a peninsula do Sinai. Sucedeu-o Anwar Al Sadat, que afastou o país da União Soviética e o aproximou dos Estados Unidos, expulsando os conselheiros soviéticos em 1972. Promoveu uma reforma económica chamada "Infitá" e suprimiu de maneira violenta tanto a oposição política quanto a religiosa.

Em 1973, o Egito, juntamente com a Síria, deflagrou a Guerra de Outubro (ou do Yom Kippur), um ataque-surpresa contra as forças israelitas que ocupavam a península do Sinai e as colinas de Golã. Os EUA e a URSS intervieram e chegou-se a um cessar-fogo. Embora não tenha resultado num sucesso militar, a maioria dos historiadores concorda que o conflito representou uma vitória política que lhe permitiu posteriormente recuperar o Sinai em troca da paz com Israel.

A histórica visita de Sadat a Israel, em 1977, levou ao tratado de paz de 1979, que estipulava a retirada israelita completa do Sinai. A iniciativa de Sadat causou enorme controvérsia no mundo árabe e provocou a expulsão do Egito da Liga Árabe, embora fosse apoiada pela grande maioria dos egípcios. Um soldado fundamentalista islâmico assassinou Sadat no Cairo, em 1981. Sucedeu-o Hosni Mubarak.

Revolução de 2011

Em 25 de janeiro de 2011, protestos contra o regime de Hosni Mubarak começaram em todo o país. O objetivo dos levantes populares eram a remoção de Mubarak do poder. Tais eventos tomaram a forma de uma intensa campanha de resistência civil apoiada por um número muito grande de pessoas e, principalmente, que consistia em demonstrações de massa contínuas. Em 29 de janeiro de 2011 ficou claro que o regime de Mubarak tinha perdido o controle da população quando uma ordem de recolher obrigatória foi ignorada e o exército tomou uma posição semi-neutra em relação ao decreto do toque de recolher. Alguns manifestantes, uma pequena minoria no Cairo, expressaram pontos de vista nacionalistas contra o que foi considerado interferência estrangeira, com destaque para o ponto de vista relativamente neutro do governo dos Estados Unidos, assim como ligações entre o regime de Mubarak com Israel.

Em 11 de fevereiro de 2011, Mubarak renunciou e fugiu do Cairo. O vice-presidente Omar Suleiman anunciou que Mubarak renunciou e que os militares egípcios assumiriam o controle dos assuntos do país no curto prazo. Enormes celebrações populares eclodiram na Praça Tahrir com a notícia da renúncia.

Em 13 de fevereiro de 2011, o comando militar de alto nível do Egito anunciou que tanto a constituição quanto o parlamento do Egito haviam sido dissolvidos. Desde então, eleições parlamentares foram marcadas para serem realizadas em novembro e um referendo constitucional foi realizado em 19 de março de 2011.

Religião

A religião maioritária do Egito é o islã sunita, aproximadamente 90% da população. A maior minoria religiosa são os coptas (9% da população). Outras minorias religiosas são os ortodoxos gregos e armênios, tanto católicos quanto protestantes.

Nesta zona viviam os judeus, ainda que em pequeno número, de importância econômica. Eles abandonaram o país em 1956, quando forças armadas de Israel, França e Grã-Bretanha atacaram o Egito.

Em 1992 começou uma campanha de violência armada, concentrado em Cairo e no Alto Egito, cujo principal objetivo era estabelecer um governo baseado em uma lei islâmica escrita. As principais vítimas da violência foram funcionários governamentais e turistas. A Organização de Direitos Humanos determinou que o governo egípcio parasse a discriminação contra as vítimas. As leis relativas à construção das igrejas e a prática aberta da religião têm recentemente diminuído, mas o importante trabalho de construção nas igrejas ainda requerem a permissão do governo.

Política

O Egito é uma república desde 18 de junho de 1953. O poder legislativo é exercido pela Assembleia Popular, um parlamento unicameral composto por 454 membros. Destes, 444 são eleitos por voto popular para um mandato de cinco anos; os restantes 10 são nomeados pelo presidente da República. Entre as funções da Assembleia Popular estão aprovar o orçamento, fixar os impostos e aprovar os programas de governo. Para além da Assembleia, existe um Conselho Consultivo composto por 264 membros, dos quais 176 são eleitos através de voto popular e 88 nomeados pelo presidente. O país seja formalmente uma república semipresidencialista multipartidária, na qual o poder executivo é compartilhado entre o presidente e o primeiro-ministro.

Em 24 de junho de 2012, a comissão eleitoral do Egito anunciou que o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Morsi ganhou eleições presidenciais do Egito. Morsi venceu por uma margem estreita sobre Ahmed Shafiq, o último primeiro-ministro do líder deposto Hosni Mubarak. A comissão disse que Morsi teve 51,7 por cento dos votos contra 48,3 de Shafiq. Morsi foi empossado no sábado 30 junho de 2012, como o primeiro presidente democraticamente eleito do Egito.

Era Mubarack

Mohamed Hosni Mubarak assumiu a presidência do país em 14 de Outubro de 1981, após o assassinato de Anwar Sadat, e, em 2008, estava no seu quinto mandato. Renunciou ao cargo em 11 de fevereiro de 2011, após uma série de atos da população contra seu governo. Mubarak é o chefe do Partido Democrático Nacional, no poder.

Em fevereiro de 2005, Mubarak anunciou uma reforma na lei eleitoral, de modo a permitir uma eleição presidencial multipartidária. Entretanto, a nova lei instituiu restrições draconianas para as candidaturas a presidente, impedindo que políticos conhecidos se candidatassem e permitindo a reeleição de Mubarak em Setembro daquele ano. O pleito foi criticado por alegadas acusações de interferência governamental, fraude e violência policial contra manifestantes da oposição. Como resultado, muitos egípcios parecem cépticos quanto ao processo de redemocratização, já que menos de 25% dos 32 milhões de eleitores compareceram às urnas em 2005.

Em 19 de março de 2007, o parlamento aprovou 34 emendas constitucionais que proíbem os partidos de usar a religião como base para atividades políticas, autorizam o presidente a dissolver o parlamento e impedem a supervisão judicial das eleições.

Diversas organizações locais e internacionais de direitos humanos, como a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch, criticam o histórico egípcio referente aos direitos humanos. As violações mais sérias incluem tortura, detenções arbitrárias e julgamentos perante tribunais militares e de segurança do Estado. Também há críticas relativas ao estatuto da mulher e das minorias religiosas.

Política externa

O Egito exerce uma grande influência política na África e no Médio Oriente e as suas instituições intelectuais e islâmicas estão no centro do desenvolvimento social e cultural da região. A sede da Liga Árabe encontra-se no Cairo; tradicionalmente, o secretário-geral da organização é egípcio.

O Egito foi o primeiro país árabe a estabelecer relações diplomáticas com Israel depois da assinatura dos acordos de Camp David, em 1978. O ex-vice-primeiro-ministro Boutros Boutros-Ghali foi secretário-geral das Nações Unidas entre 1991 e 1996.

Economia

A economia do Egito baseia-se principalmente na agricultura, media, exportações de petróleo e turismo. Mais de três milhões de egípcios trabalham no exterior, em especial na Arábia Saudita, no golfo Pérsico e na Europa. A construção da barragem de Assuão e do lago Nasser, em 1971, alterou a influência histórica do rio Nilo sobre a agricultura e a ecologia do país. O rápido crescimento populacional, a quantidade limitada de terra cultivável e a dependência do rio Nilo continuam a sobrecarregar os recursos e a economia.

O governo tem lutado para preparar a economia para o novo milênio, por meio de reformas económicas e investimentos maciços em comunicações e infra-estrutura física. Desde 1979, o Egito recebe em média 2,2 mil milhões de dólares em ajuda dos Estados Unidos. Sua principal fonte de renda, porém, é o turismo, bem como o tráfego do canal de Suez.

O país dispõe de um mercado de energia desenvolvido e que se baseia no carvão, petróleo, gás natural e hidroelétricas. O nordeste do Sinai possui depósitos de carvão consideráveis, que são explorados à taxa de cerca de 600 000 toneladas ao ano. Produzem-se petróleo e gás na Península do Sinai, nas regiões desérticas a oeste, no golfo de Suez e no delta do Nilo. As reservas egípcias de gás são enormes, estimadas em mais de 1 100 000 metros cúbicos nos anos 1990, e o país exporta GLP.

Após um período de estagnação, a economia começou a melhorar, com a adopção de políticas económicas mais liberais, que se juntaram ao aumento das receitas turísticas e a um mercado de acções em alta. No seu relatório anual, o FMI avaliou o Egito como um dos principais países do mundo a empreender reformas económicas, que incluem um corte dramático das tarifas de importação. Um novo código tributário, promulgado em 2005, reduziu de 40% para 20% o imposto de renda das pessoas jurídicas e permitiu aumentar a arrecadação em 100% em 2006.

A captação de investimento estrangeiro direto (IED) aumentou consideravelmente nos últimos anos, chegando a mais de 6 mil milhões de dólares em 2006, devido às medidas de liberalização económica. Espera-se que o Egito ultrapasse a África do Sul como maior captador africano de IED em 2007.

Um dos principais obstáculos com que se defronta a economia é a distribuição de renda. Muitos egípcios criticam o governo pelos altos preços de produtos básicos, já que seu padrão de vida e poder aquisitivo permanecem relativamente estagnados.

O PIB do Egito alcançou 107 484 mil milhões de dólares em 2006. Os principais parceiros comerciais do Egipto são os Estados Unidos, a Itália, o Reino Unido e a Alemanha. O Egito está listado entre as economias dos "Próximos Onze".

Cultura

A cultura egípcia tem seis mil anos de história registrada. O Antigo Egito esteva entre as primeiras civilizações complexas a surgirem no planeta e por milênios manteve uma cultura impressionante intrincada e estável que influenciou as culturas posteriores da Europa, Oriente Médio e outros países africanos. Depois da era faraônica, o próprio Egito ficou sob a influência do helenismo, do cristianismo e da cultura islâmica. Atualmente, muitos aspectos da cultura antiga do Egito existem na interação com os elementos mais recentes, incluindo a influência da cultura ocidental moderna, em si, com as raízes do Egito antigo.

A capital do país, a cidade do Cairo, é a maior cidade da África e é conhecida há séculos como um centro de cultura, aprendizado e comércio. O Egito tem o maior número de prêmios Nobel na África e no mundo árabe. Alguns políticos egípcios nascidos estiveram ou estão no comando de grandes organizações internacionais como Boutros Boutros-Ghali das Nações Unidas e Mohamed ElBaradei da AIEA.

O Egito é reconhecido por ser um criador de tendências culturais no mundo da língua e da cultura árabe contemporânea, influenciados fortemente pela literatura, música, cinema e televisão egípcia. O país ganhou um papel de liderança regional durante os anos de 1950 e 1960, o que deu um novo impulso duradouro para o estatuto da cultura egípcia no mundo árabe.

Feriados nacionais

Data Nome em português Nome local

13 de abril Festa da Águia Aguy Misr Pap

Atividade de Ana

Ana

Atividade de Jonas


Jonas


Mulher samaritana

Naquele tempo não havia ônibus, carro ou avião. Os que tinham melhores condições viajavam montados em algum animal, porém muitos viajavam a pé.
Nessa viagem, eles precisavam atravessar uma região chamada Samaria, e as pessoas que moravam nessa região eram chamadas samaritanas.

Já era meio-dia. O sol estava muito quente! Fazia bastante calor. Jesus e Seus discípulos começaram a ficar com fome e com sede. Então, resolveram parar perto de uma cidadezinha chamada Sicar, onde havia um poço de água muito fresquinha.

Jesus assentou-Se ali bem pertinho do poço, já que havia pregado e curado muitas pessoas naquela manhã, enquanto Seus amigos foram até a cidade comprar algum alimento.

Enquanto Ele descansava ali, de repente apareceu alguém. Era uma mulher que saíra da cidade e vinha ao poço buscar água. Naquele tempo, as casas não tinham torneiras como hoje, nem um moderno filtro de água geladinha. Eles tinham que caminhar para buscar água em algum poço. E aquele era muito especial para eles, porque fora cavado há muito tempo atrás, nas terras que Jacó dera a seu filho José, e era chamado o poço de Jacó. Aquele era o melhor horário para ela não ser vista por ninguém.

Quando aquela mulher chegou bem perto Jesus, Ele conversou com ela.

Ele disse - Você poderia dar-Me água para beber, por favor? Ela se assustou muito, pois naquele tempo os homens não conversavam com as mulheres, se não as conhecessem; muito menos os judeus falavam com os samaritanos, porque eles eram inimigos. Mas Jesus começou a conversar com ela e lhe falou algumas coisas sobre sua vida; e mais assustada ainda ela ficou.

Ela pensou: Será que Este homem é um profeta? Como Ele sabe tudo sobre a minha vida?
mulher estava surpresa!

- O Senhor é um judeu - disse ela. - Por que está pedindo água a uma mulher samaritana

Jesus respondeu:

- Se você soubesse quem sou, Me pediria e Eu lhe daria a água viva.

Jesus não estava falando sobre água de verdade, mas sobre como o Seu amor e a Sua maneira de viver poderiam mudar a mulher para sempre.

As palavras de Jesus não pareceram fazer sentido. A mulher fez mais algumas perguntas:

- O senhor não tem nada para tirar água e o poço é fundo. Como vai me dar a água viva? O senhor é, por acaso, maior que Jacó, que cavou este poço?
Jesus explicou um pouco mais. Ele queria que ela entendesse que Alguém muito mais poderoso que Jacó estava falando com ela e oferecendo-lhe ajuda.

- Todo aquele que bebe a água deste poço terá sede novamente. Mas a pessoa que bebe a água que Eu dou nunca mais terá sede. Minha água dará vida eterna à pessoa que beber dela - falou Jesus.

A mulher ainda não sabia ao certo sobre o que Jesus estava falando, mas gostou do que estava ouvindo.
- Dê-me um pouco de Sua água - disse ela - e nunca mais terei sede de novo.

Em vez de dar à mulher o novo estilo de vida sobre o qual estava falando, Jesus a ajudou a mudar seu antigo modo de vida. Ele disse:

- Vá, chame seu marido e volte.

- Não tenho marido - respondeu ela.

- Está certo - falou Jesus. - Você não tem marido. Você teve cinco maridos e agora está morando com um homem que não é seu marido.

A mulher não podia acreditar no que estava ouvindo! Como Ele sabia disso?

- O senhor deve ser um profeta -disse ela.
Jesus contou-lhe que Ele era mais que um profeta, era o Messias.

A mulher estava tão emocionada que correu de volta a Sicar e disse a todos com quem encontrou

- Venham ver um homem que disse tudo que já fiz, e não O conheço. Você acha que Ele pode ser o Cristo?

Os discípulos ficaram surpresos em encontrar Jesus conversando com uma mulher samaritana, mas não Lhe fizeram qualquer pergunta. Apenas disseram:

- Mestre, coma alguma coisa.

Em vez de pegar a comida, Jesus comentou:

- Olhem através dos campos - Ele provavelmente estava vendo o povo de Sicar se apressando para encontrá-Lo depois do que a mulher samaritana contara: - Os campos já estão maduros, prontos para a colheita.

Não era tempo de colher grãos, mas era tempo de "colher pessoas", ou falar-lhes sobre Deus.

Jesus esperava que Seus discípulos entendessem que Deus queria que eles falassem a todos a verdade sobre Ele. Isso significava falar aos samaritanos também.

Jesus permaneceu em Sicar por dois dias. Após ouvi-Lo, muitas pessoas de lá acreditaram que Ele era o Salvador do mundo.


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Casa na areia


Certa vez, quando Jesus estava ensinando as pessoas, Ele lhes contou uma história sobre dois homens que construíram as suas casas.

Um construiu sobre a ROCHA e o outro construiu sobre a AREIA.

O PRIMEIRO HOMEM: construiu sobre uma rocha, cavou uma vala profunda e fez o alicerce bem sólido. Era um terreno bem firme e a casa foi sendo construída de uma forma muito segura, até ficar pronta. Porém, veio uma tempestade muito forte.
O vento fazia uh...uh... uh..., os relâmpagos brilhavam no céu, os trovões faziam tremer, e a chuva caía fortemente. Os rios foram enchendo, enchendo e transbordaram. E a água bateu contra aquela casa, mas nada aconteceu com ela, porque FOI construída sobre uma rocha.

O SEGUNDO HOMEM, porém construiu sua casa sobre a areia, sem alicerces. E quando veio a tempestade, aquela casa que não estava firme, desabou. Quando Jesus
contou essa história, Ele queria ensinar às pessoas
uma importante lição:

“TODO AQUELE QUE VEM A MIM E OUVE AS MINHAS PALAVRAS E AS PRATICA, É SEMELHANTE AO HOMEM QUE CONSTRUIU A SUA CASA SOBRE A ROCHA. MAS O QUE OUVE E NÃO PRATICA É SEMELHANTE AO HOMEM QUE EDIFICOU UMA CASA SOBRE A TERRA SEM ALICERCES”.


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Cura de um palaritico

Alguns dias depois, Jesus voltou para a cidade de Cafarnaum, e logo se espalhou a notícia de que Ele estava em casa. Muitas pessoas foram até lá, e ajuntou-se tanta gente, que não havia lugar nem mesmo do lado de fora, perto da porta. Enquanto Jesus estava anunciando a mensagem, trouxeram um paralítico. Ele estava sendo carregado por quatro homens, mas, por causa de toda aquela gente, eles não puderam levá-lo até perto de Jesus. Então fizeram um buraco no telhado da casa, em cima do lugar onde Jesus estava, e pela abertura desceram o doente deitado na sua cama. Jesus viu que eles tinham fé e disse ao paralítico: —Meu filho, os seus pecados estão perdoados. Alguns mestres da Lei que estavam sentados ali começaram a pensar: “O que é isso que esse homem está dizendo? Isso é blasfêmia contra Deus! Ninguém pode perdoar pecados; só Deus tem esse poder!” No mesmo instante Jesus soube o que eles estavam pensando e disse: —Por que vocês estão pensando essas coisas? O que é mais fácil dizer ao paralítico: “Os seus pecados estão perdoados” ou “Levante-se, pegue a sua cama e ande”? Pois vou mostrar a vocês que eu, o Filho do Homem, tenho poder na terra para perdoar pecados. Então disse ao paralítico: —Eu digo a você: levante-se, pegue a sua cama e vá para casa. No mesmo instante o homem se levantou na frente de todos, pegou a cama e saiu. Todos ficaram muito admirados e louvaram a Deus, dizendo: —Nunca vimos uma coisa assim!

Davi perdoa Saul

Fazer um breve relato para as crianças, contando que Davi era perseguido pelo rei Saul, pois Davi era considerado mais valente do que o rei.O pobre Davi! Agora ele não tinha mais sossego em parte alguma.
Não podia mais voltar para casa, pois logo seria preso pelo rei.
Também não podia voltar para junto de seu pai e sua mãe, porque também lá o rei o acharia com toda certeza.
Só lhe restava esconder-se nos matos, ou no deserto, ou nas montanhas. Uma vez aqui, outra vez ali. E em nenhum lugar ele estava seguro, pois em toda parte o rei o perseguia.
Assim como um caçador corre atrás de uma caça, o rei Saul e seus soldados corriam atrás de Davi.
O rei queria pegar Davi. Procurou-o por todo o país. E uma vez quase pegou Davi.
Mas não o conseguiu. Porque Deus cuidava de Davi.
Davi estava escondido numa caverna.
Você sabe o que é uma caverna?
É um buraco muito grande e escuro numa montanha. Ali dentro Davi se havia escondido, para que o rei não o pudesse achar. Pois o rei Saul andava por ali perto.
E nessa caverna escura Davi estava sentado quietinho, esperando até que o rei fosse embora.
Mas Davi não estava sozinho na caverna. Havia amigos com ele. Eram homens com os quais o rei também estava zangado e que também tiveram de fugir. O rei Saul era um homem mau Havia muitas pessoas que tinham medo dele.
Os homens estavam sentados em silêncio, esperando na caverna escura.
Não tinham coragem de falar. Não se mexiam.
Eles não se queriam trair, pois o rei Saul e seus soldados estavam bem perto da entrada da caverna. Mas não sabiam que Davi estava lá dentro.
O rei estava cansado e com calor, de tanto procurar. E, ao ver a caverna escura, pensou: Lá dentro é bem fresco. Eu vou descansar um momentinho lá.
"Parem", gritou ele aos soldados. Então todos pararam. Eles podiam descansar um pouquinho à sombra da montanha. Só o rei Saul entrou na caverna para repousar.
Davi e seus homens o viram. Assustaram-se tremendamente. Seus corações batiam de medo. Ficaram quase sem respirar.
Mas, por sorte, o rei não os viu. Ele não podia vê-los, porque estavam sentados bem no fundo. E lá era muito escuro. Só na entrada da caverna era claro. Lá o rei Saul deitou-se no chão para descansar. Logo depois já dormia.
Quando os amigos de Davi viram que o rei estava dormindo, não tiveram mais medo. Riam-se e disseram: "Agora nós o pegamos, nosso inimigo! Vá até lá, Davi! Castigue-o por sua maldade! Mate-o! Então ele nunca mais poderá correr atrás de nós. Então você será nosso rei!"
Mas Davi não se queria tornar rei dessa maneira. Por isso ele respondeu "Não, isso eu não faço. Não quer tornar-me assassino. O Senhor mesmo o castigará".
Mas depois de um tempinho, Davi levantou-se, bem quietinho. Na ponta dos pés, foi até o rei adormecido Pegou a espada do rei, a grande espada afiada. E então...
Cortou ele então a cabeça do rei Saul?
Não, Davi não fez isso. Cortou somente um pedaço da capa de Saul.
E com o coração a bater voltou devagarzinho para onde estavam seus amigos, levando aquela tira da capa na mão.
Logo depois Saul acordou. Levantou-se e saiu da caverna. Disse: "Vamos adiante! Marchem!" E então continuou seu caminho com os soldados.
E agora Davi também se levantou saiu correndo da caverna. Saul não estava longe ainda, Davi chamou: "Meu rei."
Saul olhou para trás. Ficou tão admirado! De onde viera Davi tão de repente?
Davi disse: "Meu rei, por que senhor está tão zangado comigo? Pois eu não lhe faço mal nenhum. Veja aqui, eu podia tê-lo matado, mas não fiz. Apenas cortei um pedaço de sua capa".
E ergueu bem alto o pedaço da capa.
Saul ficou muito envergonhado.
Vieram-lhe lágrimas aos olhos. Ele chorou de vergonha e de tristeza, e disse: "Oh, meu filho Davi. Você é melhor que eu. Eu lhe fiz mal, mas você me fez bem. Eu o odiei, mas você me amou."
Então ele e seus soldados se retiraram em silêncio. Ele não queria mais fazer mal nenhum a Davi.
Você sabe por que foi assim?
Porque Davi tinha amado seu inimigo.


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Enoque

Sabem criança, hoje vamos falar de um homem que andou com Deus. E certamente vocês irão perguntar: Como pode alguém andar com Deus? Todos nós podemos andar com Deus, assim como esse homem.
A Bíblia diz que ele pertenceu à sétima geração depois de
Adão.
Qual era o seu nome? Seu nome era Enoque.

Naquele tempo, as pessoas ainda viviam muitos e muitos anos mais do que nós vivemos hoje.
Adão viveu 930 anos. É muito tempo crianças, mas a Bíblia nos fala de outras pessoas que também viveram muito tempo.
O tataravô de Enoque se chamava Enos e viveu905 anos.
O bisavô de Enoque se chamava Cainã e viveu 910 anos.
O avô de Enoque se chamava Maalalel e viveu 895anos.
O pai de Enoque se chamava Jarede e viveu 962 anos.

Quando Enoque nasceu seu pai Jarede ainda era bem novo, tinha 162 anos.
- Naquele tempo as pessoas viviam durante muitos anos.
- O próprio Enoque, quando teve seu primeiro filho, que chamou-se Matusalém, tinha 65 anos de idade.
- Hoje com essa idade, muitos já estão aposentados e com muitos netos.

Enoque, a cada dia, desejava fazer mais e mais a vontade do Pai que está no Céu.
As pessoas, através dos anos foram acumulando muitos, muitos pecados e desobediência. Por isso, Enoque se sentia muito triste. Ele não podia compreender tanta maldade! Pois a Bíblia diz que Enoque andava com Deus, e andar com Deus é viver uma vida com retidão, que é ser honesto, bom, paciente, amoroso e principlamente temente a Deus.


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